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             Odila Gay da Fonseca

Odila Gay da Fonseca, guache sobre tela de José Martorano, 1948

Odila Gay da Fonseca, guache sobre tela de José Martorano, 1948. Acervo MJC

Nascida no dia 12 de outubro de 1895,  a enfermeira Odila Gay da Fonseca se engajou desde moça nos movimentos ligados à educação e à assistência social. Na Revolução de 1930, foi uma das primeiras gaúchas a se incorporar ao movimento liderado por Dona Darci Sarmanho Vargas (Primeira Dama do Brasil) para auxiliar as tropas revolucionárias do sul e os familiares dos voluntários.

Liderou o movimento conhecido como Deus Pátria, em 1934, representando as senhoras gaúchas, que reivindicavam que a Constituição Brasileira fosse marcada com o nome de Deus, não constante na Constituição de 1891. Sempre promovia, ou era presença marcante, em espetáculos, chás e outros eventos beneficentes, tendo participado ativamente dos festejos Farroupilha de 1935. Dentre suas atividades, destacam-se a organização da Campanha da Solidariedade e a fundação da Creche Nossa Senhora dos Navegantes, que abrigava mais de 400 crianças. A construção do prédio foi projetada por ela, bem como a campanha para o levantamento de fundos para sua construção.

Teve importante papel no auxílio às vítimas da grande enchente que assolou Porto Alegre, em 1941, junto à Dona Neuza Brizola, esposa do então governador, fazendo parte das Voluntárias Judith Meneghetti, recebendo uma homenagem em cartão de prata. Em 1942, Odila promoveu uma exposição de arte junto com outras senhoras ilustres da sociedade e de instituições da capital, durante a festa do Bicentenário de Porto Alegre, a fim de reverter os lucros das vendas em prol de obras assistenciais.

Fundou, ao lado de Laura Leitão de Carvalho, esposa do comandante da terceira região, a Cruz Vermelha Brasileira do RS, permanecendo à frente de sua administração por mais de 25 anos, abrindo filiais em quase todo o Estado. A Instituição teve atuação marcante durante a Segunda Guerra Mundial, não somente formando enfermeiras, auxiliares de enfermagem, socorristas, como também auxiliando no contato de famílias estrangeiras envolvidas no conflito.

Odila foi presidente da Comissão de Senhoras Pró-Sanatório Belém e trabalhou nas seguintes instituições de Caridade: Creche Nossa Senhora Auxiliadora do C.O.P.A., Orfanato Pão dos Pobres, Creche São Francisco de Assis, Educandário São João Batista, Asilo da Mendicidade, Asilo São Joaquim, Asilo Santa Tereza, Amparo Santa Cruz, Asilo São Benedito, Leprosário Itapuã, Instituto Pestalozzi, Santa Casa de Misericórdia, Obras de Santa Isabel, Associação Pelotense São Francisco de Paula. Foi também participante assídua do Natal da Criança Pobre e da Sopa Escolar.

Inúmeras foram as distinções concedidas a Odila Gay da Fonseca, tanto no âmbito nacional quanto no internacional, dentre elas destacam-se a Medalha de Guerra, no Brasil, e a Ordine della Stella della solidarietà italiana, na Itália. Em 1949, foi recebida pelo Presidente da Cruz Vermelha Americana, Mr. Dr. Basil O’Connor, e também pela Primeira Dama Norte-Americana, Mrs. Eleanor Roosevelt, na sua residência em Nova York.

Excerto de notícia sobre homenagem da Cruz Vermelha de Porto Alegre à sua presidente Odila Gay da Fonseca, no jornal O Momento, de 17.10.1942. Acervo Biblioteca Nacional

Letra Hino da Samaritana de Erico Cramer

Letra Hino da Samaritana de Erico Cramer, Revista da Cruz Vermelha Brasileira, de 1944

Escola Estadual Odila Gay da Fonseca

Escola Estadual de Ensino Fundamental Odila Gay da Fonseca,localizada na Avenida Tramandaí, 850, bairro Ipanema, Porto Alegre.

Prédio da Cruz Vermelha Brasileira em Porto Alegre

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