Amália dos Passos Figueiroa
Amália dos Passos Figueiroa Nasceu em Porto Alegre, RS, em 31 de agosto de 1845.
Poeta de alma e escrita ligadas ao Romantismo, criou versos que abordam a tristeza, a morte, o amor desprezado, a solidão e a melancolia.
Seu único livro de poemas Crepúsculos, de 1872, está imerso em sua visão de mundo com características advindas de suas particularidades de uma mulher que vivia à parte da sociedade festiva. Em seu período, foi uma das raras mulheres filiadas ao Partenon Literário do Rio Grande do Sul.
Amália morreu de tuberculose, em Porto Alegre, no dia 24 de setembro de 1878, aos 33 anos de idade.
Luciana de Abreu
Luciana de Abreu nasceu em 11 de junho de 1847. Deixada na Roda dos Expostos da Santa Casa de Porto Alegre, foi adotada por Sr. Gaspar Pereira Viana e sua esposa.
Casada e com uma filha pequena, foi uma das primeiras alunas da Escola Normal de Porto Alegre, recém inaugurada em 1869.
Frequentadora de saraus literários, foi a primeira mulher a entrar para uma sociedade literária brasileira e a primeira a proferir um discurso em público, na Sociedade Partenon Literário, em 1873, em que defende o direito das mulheres à emancipação e à instrução.
Luciana de Abreu morreu de tuberculose após ter completado 33 anos.
Revocata Heloisa de Mello e Julieta de Mello Monteiro
As irmãs Revocata Heloísa de Mello e Julieta de Mello Monteiro criaram, em 21 de outubro de 1883, na cidade de Rio Grande, O Corymbo, primeiro jornal literário no sul do Brasil dirigido por mulheres.
Ainda que a maior parte das publicações tenham sido de teor literário, o Corymbo foi testemunho de importantes transformações ocorridas na sociedade, como a mudança de regime político, o progresso da ciência, o dinamismo entre as classes sociais, a evolução do ensino e da educação e a luta pró emancipação feminina.
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Revocata Heloísa de Mello
(31/12/1853-23/01/1944)
Julieta de Mello Monteiro
(21/10/1855-21/01/1928)
Ana Aurora do Amaral Lisboa
Escritora e professora atuante em defesa da participação política da mulher, Ana Aurora do Amaral Lisboa teve uma vida longeva, nasceu em 24 de setembro de 1860 e morreu em 22 de março de 1951, em Rio Pardo. Esteve no período de 1881 a 1883 em Porto Alegre, onde estudou na antiga Escola Normal.
Como escritora, conforme a Academia Literária do Rio Grande do Sul, Ana Aurora deixou publicadas as obras:
Minha Defesa, 1895
Peritos à Liberdade, 1900
A Culpa dos Pais, (teatro) 1902
Não Saber Ler, (cena dramática infantil) 1916
Festinhas Escolares, (comédia, diálogos e monólogos) 1925
Teatro de Dona Ana Aurora do Amaral Lisbôa, 1931.
Como professora, Ana Aurora promoveu a inserção de filhos de escravos libertos pela Lei do Ventre Livre e criou um curso gratuito noturno para adultos, tornando-se pioneira na alfabetização de adultos e na inclusão de alunos negros ao lado dos alunos brancos no Colégio Amaral Lisboa, que criou com sua irmã Zamira do Amaral Lisboa, em Rio Pardo.
Bustos inaugurados em 1944 em homenagem às irmãs Ana Aurora e Zamira do Amaral Lisboa, na Praça Barão de Santo Ângelo, Rio Pardo.
Honorina de Castilhos
Honorina Martins França da Costa nasceu em Pelotas, no dia 02 de janeiro de 1862.
Casou-se com Julio de Castilhos em 17 de maio de 1883, passando a chamar-se apenas Honorina de Castilhos.
Foi atuante com outras mulheres em Comissões Libertadoras do Centro Abolicionista, organizando festas e quermesse em prol da abolição da escravatura no Rio Grande do Sul.
Faleceu em Porto Alegre no dia 03 de janeiro de 1905.