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Joana Mina

Negra vendendo caju de Jean Baptiste Deb

Conforme consta na página 698 de Documentos da Escravidão, Catálogo Seletivo de Cartas de Liberdade, Acervo dos Tabelionatos de municípios do interior do Rio Grande do Sul - Volume II, do Arquivo Público do Rio Grande do Sul, Joana é um exemplo das escravizadas que pagaram por sua liberdade:

Joana; preta; Nagô; Sr. Francisco Antônio Lopes; dt. reg. 21-11-61 (Livro 23, p. 72v). Desc.: A carta concede liberdade pelo senhor declarar que “abro mão dos serviços que me devia prestar por tempo de 4 anos [...], conforme obrigação instituída por verba testamentária da falecida minha mãe, a Senhora Dona Maria Joaquina Corrêa Lopes, visto ter recebido da dita preta a quantia de 960$, pelos serviços que me devia prestar”.

Ana Néri

Ana Nery, óleo sobre tela de Victor Meirelles, 1873

Ana Justina Ferreira Néri nasceu em Vila de Cachoeira do Paraguaçu, Bahia, no dia 13 de dezembro de 1814. Casou-se aos 23 anos com Isidoro Antônio Néri, capitão de fragata da Marinha, que faleceu quando ela tinha 29 anos.

Em 1865, Ana Néri foi de Salvador ao Rio Grande do Sul para aprender noções de enfermagem com as irmãs de caridade de São Vicente de Paulo e prestar serviços de enfermeira aos feridos da Guerra do Paraguai. Foi incorporada ao Décimo Batalhão de Voluntários, aos 51 anos de idade.

No final da guerra, em 1870, voltou ao Brasil com três órfãos de guerra para criar. Foi condecorada com as medalhas de prata Geral de Campanha e a Medalha Humanitária de Primeira Classe. Recebeu do imperador D. Pedro II, por decreto, uma pensão vitalícia com a qual criou sua família.

Faleceu no Rio de Janeiro, em 20 de maio de 1880, aos 66 anos de idade. 

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