Rita Lobato Velho Lopes
Rita Lobato Velho Lopes nasceu em Rio Grande no dia 07 de junho de 1866.
Foi a primeira mulher a se diplomar em medicina em faculdade brasileira, na Bahia, em 1887. Após sua formatura, voltou para o Rio Grande do Sul, onde casou e começou a clinicar.
Aos 70 anos, foi eleita vereadora em Rio Pardo pelo Partido Libertador até 1937, quando o Estado Novo fechou as Câmaras Municipais.
Faleceu em 06 de janeiro de 1954, em Rio Pardo.
Celina Buz
Celina Buz e Izaltina Ribeiro foram colaboradoras esporádicas na primeira fase do periódico pós-abolicionista O Exemplo, criado e redigido por homens negros, em Porto Alegre, no dia 11 de dezembro de 1893.
Após um período de interrupções, já na virada do século XX, a escrita feminina tornou-se mais regular, como a de Sophia Ferreira Chaves (cujo codinome era Pepita) e a de Carmem d’Aguiar, cuja temática pautava no preconceito racial e de gênero por meio de artigos, crônicas, contos e poemas.
Andradina América de Andrade e Oliveira
Jornalista, escritora, atriz, dramaturga e líder feminista, Andradina América de Andrade e Oliveira nasceu em Porto Alegre, no dia 12 de junho de 1864.
Em 1898, fundou, em Bagé, o jornal literário Escrínio, com produção literária e jornalística dedicada aos direitos da mulher.
Estabelecida em Porto Alegre, lança os livros:
O Perdão, em 1910, onde aborda, entre outras coisas, a luta pela autonomia da mulher e a reflexão sobre o papel da mulher em uma sociedade patriarcal e machista.
Divórcio?, em 1912, que retrata as dificuldades de um casamento arranjado, o destino das viúvas, a dependência forçada e a falta de direitos da mulher.
Ao lado de sua filha Lola de Oliveira, que como ela era ligada às artes e à defesa dos diretos da mulher, viajou por várias cidades até se radicar em São Paulo, onde faleceu no dia 19 de junho de 1935.
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Luciana Lealdina de Araújo
Luciana Lealdina de Araújo nasceu em Porto Alegre, no dia 13 de junho de 1870.
Depois de curada da tuberculose, a quitandeira filha de escravizados mudou-se de Porto Alegre para Pelotas.
Apesar de toda e qualquer dificuldade pós-abolição, era uma mulher negra alfabetizada que gostava de passar seu conhecimento adiante, conseguindo ser a principal fundadora de duas instituições que tinham o objetivo de abrigar e educar meninas negras socialmente desfavorecidas.
Em 1901, fundou o Asilo de Órfãs São Benedito, em Pelotas. Em 1909, fundou o Orfanato São Benedito, na cidade de Bagé, onde faleceu no ano de 1930.
Alice Leão, Antonia Futuro
e Nicolina Baltz
A Faculdade de Odontologia-UFRGS, fundada em 10 de outubro de 1898, foi criada como um curso anexo à Faculdade de Medicina e Farmácia.
Desde sua fundação, seu estatuto, no artigo 39, assegurava a matrícula de mulheres. Mas as primeiras mulheres a se graduarem foram Alice Leão, Antonia Futuro e Nicolina Baltz, somente em dezembro de 1904.