Em um percurso de vida diferenciado, as mulheres alemãs e italianas ocupavam os rios para lavarem as roupas de suas famílias ou para também desempenharem o ofício de lavadeira. O percurso de vida é diferenciado pelos fatos históricos da imigração estar inserida em um projeto de nação, onde as terras foram contempladas pela política de imigração adotada pelo governo imperial. Assim, em 1824, chegaram os primeiros alemães que se estabeleceram nas terras denominadas colônia alemã de São Leopoldo e, em 1875, chegaram os primeiros italianos ocupando os campos dos bugres (Caxias do Sul).

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Cabe lembrar sobre a lei de terras de 1850, cujas terras passaram a ser controladas pelo governo, que previa subsídios à vinda de colonos do exterior para serem contratados no país.

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A lei de terras de 1850 também foi uma maneira de impedir que negros pudessem se tornar donos de terras. Quando a abolição ocorreu, os negros foram abandonados à própria sorte, não recebendo nenhum tipo de reparação, indenização e terras. Desta forma, os percursos das mulheres imigrantes alemãs e italianas, mesmo sendo muitas pertencentes a grupos sociais empobrecidos e, como já mencionado, podendo muitas ter desempenhado o ofício de lavanderias, cabe lembrar em qual contexto histórico elas estavam inseridas.   

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A foto abaixo é de mulheres lavando roupas às margens do Rio dos Sinos, na colônia alemã de São Leopoldo. Pressupõe-se que seja em meados do século XIX, porque a construção da igreja Matriz de São Leopoldo iniciou em 1863 e terminou em 1873.