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Ciclo 4 - 2022 - Atual
Mapa dos Sítios Arqueológicos

A passagem do ser humano pela terra deixa uma infinidade de vestígios materiais. Quanto mais distante no tempo, mais nossa imaginação é exigida para entender como aqueles objetos foram utilizados, em que ambiente, em qual contexto e quais as paisagens ajudaram a construir. O mapa aqui apresentado é uma aproximação, a partir de pesquisas recentes, sobre as áreas de concentração de algumas tipologias de ocupações humanas no estado, ocupações estas que remetem aos ancestrais dos indígenas que hoje habitam o Rio Grande do Sul (grupos Guarani, Kaingang, Xokleng e Charrua).

 

 

 

 

 

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Este mapa também ilustra como eram e como ainda hoje são observadas na paisagem essas formas de habitar e viver, assim identificadas:
 

 

Cerritos - estruturas monticulares de altura moderada, compostas de terra e diferentes tipos de vestígios da cultura material de seus habitantes, construídas em áreas alagadiças, como banhados e margens de corpos d'água. No Brasil, os cerritos são encontrados somente no Rio Grande do Sul, na territorialidade dos povos pampeanos Charrua, Minuano e Guenoa.


Sambaquis - estruturas monticulares de altura considerável, compostas por vestígios da cultura de seus habitantes, principalmente restos de conchas, sendo construídas em ambiente litorâneo. Os sambaquis são encontrados em várias regiões da costa brasileira.


Casas Subterrâneas - estruturas escavadas em terrenos inclinados, construídas em áreas de elevadas altitudes, clima frio e ocorrência de Araucárias. As casas subterrâneas são encontradas em planaltos do sul e sudeste do Brasil, áreas que correspondem a territorialidade tradicional dos povos Kaingang e Xokleng.


Acampamentos Guarani - áreas de habitação em locais com características paisagísticas diversas. O acampamento Guarani é formado por várias casas ao redor de um pátio coletivo, contando com a presença de roçados. No Rio Grande do sul, encontram-se principalmente nos vales dos grandes rios. 


Na vitrine expositiva é possível visualizar peças arqueológicas provenientes de cada uma destas quatro tipologias de sítios arqueológicos localizados no mapa, com informações adicionais sobre os usos atribuídos a cada um dos objetos, os quais fazem parte do Acervo Etnológico do Museu Júlio de Castilhos, o maior na instituição em termos de números de peças. Líticos, cerâmicas, cestarias, entre tantos outros objetos, ilustram os 12.000 anos de ocupação humana no atual território do Rio Grande do Sul. Grande parte das peças vieram de doações de colecionadores particulares, outras foram doadas por agências governamentais, como a FUNAI e, as mais recentes, foram adquiridas junto a comunidades indígenas com as quais o Museu tem feito parcerias para a curadoria da exposição “Memória e Resistência”.

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